
Sede assim...qualquer coisa...
serena, isenta, fiel
sem pergunta.
Onda que se esforça,
por exercício desinteressado...
Também como este ar da noite,
sussurrante de silêncios...
cheio de nascimentos e pétalas.
Igual à pedra detida,
sustentando seu demorado destino.
E à nuvem, leve e bela...
vivendo de nunca chegar a ser.
À cigarra, queimando-se em música...
ao pássaro que procura o fim do mundo,
Sede assim qualquer coisa...
serena, isenta, fiel.
Não como o resto dos homens...
Cecília Meirelles