MENSAGEM

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Apaixone-se...


"Apaixone-se definitivamente pelo seu sonho, o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu.
Apaixone-se pelo seu talento mesmo que seu senso crítico insista para você escolher realizar outras coisas, mais convenientes.
Apaixone-se mais pela viagem do que pela chegada a seu destino, a primeira é garantida.
Apaixone-se pelo seu corpo mesmo que ele esteja fora de forma, pois de "qualquer forma" ele é a única casa que você possui. Desapaixone-se de seus medos, eles minam sua alegria de viver.
Apaixone-se pelas suas memórias mais deliciosas, ninguém pode tirá-las de dentro de você e elas são excelentes fontes de inspiração em momentos de dor. Apaixone-se por aquelas besteiras saudáveis que passam por sua mente entre um e outro momento de estress, eles ajudam a sobreviver.
Apaixone-se pelo sol, ele é fiel, gratuito, absolutamente disponível e dá prazer. Apaixone-se por alguém, não espere alguém se apaixonar antes por você, só por garantia e segurança.
Apaixone-se pelo seu projeto de vida, acredite, não dá certo fazer isto a dois. Apaixone-se pela dança da vida que está sempre em movimento dentro da gente, mas que, por defesas nós teimamos em algemar.
Apaixone-se mais pelo significado das coisas que você conquistar do que pelo seu valor material.
Apaixone-se por suas idéias mesmo que tenham dito que elas não serviam pra nada. Apaixone-se por seus pontos fortes mesmo que os pontos fracos insistam em ficar em alto relevo no seu cérebro.
Apaixone-se pela idéia de ser verdadeiramente feliz, felicidade encontra-se de sobra nas prateleiras de seus recursos interiores.
Apaixone-se pela música que você pode ser para alguém.
Apaixone-se por ser humano!
Apaixone-se definitivamente por você!Apaixone-se rápido!O poder de decisão só pertence a você!"

Era uma Igreja muito engraçada ...


...não tinha teto, não tinha nada.

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

por: Tonho [foi coordenador do UG -Min. Jovem do Portas Abertas]

Fonte Underground, via Comunidade Mais Jesus, menos religião
Via Sobre fé e mais um pouco